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Retorno, captura, abertura: cosmopoéticas do comum no cinema de Paulin Soumanou Vieyra

Publicado no dossiê temático Cinemas africanos nas histórias e nas teorias do cinema – estéticas, desafios e novos cenários, organizado por Ana Camila Esteves, Jusciele Oliveira e Morgana Gama para a revista A Barca, este artigo discute parte da obra cinematográfica de Paulin Soumanou Vieyra, um dos pioneiros dos cinemas da África do Oeste.

O artigo agora publicado retoma e amplia substancialmente o ensaio “Retorno, captura, abertura: o cinema de Paulin Soumanou Vieyra como campo de forças”, publicado no catálogo da mostra “Clássicos Africanos – A primeira geração de cineastas da África do Oeste”, e faz parte de meu novo projeto de pesquisa sobre a emergência dos cinemas africanos.

Resumo

Este artigo discute a obra de Paulin Soumanou Vieyra (1925-1987) como cineasta, com base em uma breve reconstituição parcial de sua trajetória, que tem como marcos suas experiências como estudante em Paris, seu engajamento na construção nacional do Senegal, como diretor do noticiário cinematográfico semanal do país, Les Actualités Sénégalaises, no governo de Léopold Sédar Senghor, e seu trabalho pioneiro como crítico, historiador e teórico dos cinemas africanos. Por meio de comentários analíticos sobre seus filmes iniciais, como C’était il y a quatre ans (1954), Afrique sur Seine (1955), Lamb (1963) ou Môl (1966), e de certas obras tardias, como Birago Diop, conteur (1981) ou Iba N’diaye, Portrait d’un peintre (1982), argumento que o cinema de Vieyra constitui um campo de forças caracterizado por uma tensão indecidível entre captura e abertura diante da multiplicidade que constitui o comum, em uma experiência pós-colonial emergente que, embora recorra ao enquadramento nacional como forma privilegiada de imaginação política, deve ser reconhecida em sua heterogeneidade.

Palavras-chave

cinemas africanos, Paulin Soumanou Vieyra, imaginação política, comum, cosmopoéticas

Referência para citação

RIBEIRO, Marcelo R. S. Retorno, captura, abertura: cosmopoéticas do comum no cinema de Paulin Soumanou Vieyra. A Barca, v. 1, n. 2, p. 35-50, 2023. DOI: 10.22409/abarca.v1i2.59441. Disponível em: https://periodicos.uff.br/abarca/article/view/59441.

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A fotografia de Paulin Soumanou Vieyra em destaque acima está disponível no site da PSV- Films (todos os direitos reservados) e é utilizada aqui sem fins lucrativos.