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O caminho, a experiência e a aventura

Artigo em português publicado no Dossiê Georg Simmel (1858-1918), organizado por Carmen Sílvia Rial e Fernando Gonçalves Bitencourt, para a Revista de Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina.

Referência para citação:

RIBEIRO, Marcelo Rodrigues Souza. O caminho, a experiência e a aventuraRevista de Ciências Humanas (UFSC), v. 43, n. 1, p. 265-283, abril de 2009. DOI: https://doi.org/10.5007/2178-4582.2009v43n1p265.

Resumo:

Acompanhando o itinerário demarcado pelas palavras do título, o artigo se divide em quatro partes. Na primeira, após um prelúdio sobre os escritos de Georg Simmel, o tema do milagre do caminho como diferença do humano em relação ao animal orienta, por meio de uma interrogação histórica, um questionamento sobre o conceito de vida na modernidade. Na segunda, a questão da modernidade é desdobrada em torno do motivo da destruição ou expropriação da experiência, tal como discutido por Simmel e Walter Benjamin (entre outros). Na terceira, uma leitura de A aventura, ensaio de 1911 de Simmel, possibilita interrogar a colonialidade como condição da modernidade. Na quarta, retomando a questão da diferença entre humano e animal em relação à discussão sobre aventura, colonialidade e modernidade, esboça-se uma compreensão do conjunto das narrativas de Tarzan como exemplo paradigmático de narrativas de aventura coloniais-modernas que, ademais, articulam discursos sobre a diferença entre humano e animal.

Palavras-chave: aventura; modernidade colonial; animalidade; Tarzan.

Abstract:

Following the itinerary of the words in the title, this article is divided into four parts. In the first one, after a prelude on the writings of Georg Simmel, the motif of the path’s miracle as difference of the human in relationship to the animal guides, by means of a historical interrogation, a questioning about the concept of life within modernity. In the second part, the question of modernity is unfolded around the motif of the destruction or expropriation of experience, as it is discussed by Simmel and Walter Benjamin (among others). In the third part, a reading of The Adventure,  a 1911 essay by Simmel, allows us to interrogate coloniality as a condition of modernity. In the fourth part, taking the question of the difference between human and animal in relationship to the discussion of adventure, coloniality and modernity, I suggest an understanding of the narratives of Tarzan as a paradigmatic example of colonial-modern adventure narratives which, furthermore, articulate discourses about the difference between human and animal.

Keywords: adventure; modernity; coloniality; animality; Tarzan.

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