Publicado em dossiê relativo às atividades mais recentes do Grupo de Trabalho Estudos de Cinema, Fotografia e Audiovisual da Compós, organizado por Angela Prysthon e Fernando Gonçalves, no volume 8, número 2 (dez. 2017), da revista Passagens, do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal da Ceará, este artigo retoma algumas reflexões anteriores sobre uma das obras mais importantes da artista estadunidense Cindy Sherman. Agradeço ao editor da revista, Henrique Codato, e a Eduardo Barrosa, que concebeu a capa que ilustra esse post.
Resumo
Em Untitled Film Stills (1977-1980), Cindy Sherman explora uma poética do mascaramento e interroga tanto a construção da “mulher” como identidade (questões de representação) quanto o “olhar masculino” (questões de mediação). Por meio da identificação de diferentes possibilidades de leitura da série, este artigo busca compreender como as Untitled Film Stills constituem a imagem como experiência. Analiso os procedimentos de autorretrato sob rasura, a apropriação de memórias de gêneros narrativos e de representações de identidade de gênero e o jogo com os limites entre visível e invisível, tal como são fixados pela fotografia, mobilizados pelo cinema e experimentados de modos indecidíveis na série de Sherman.
Palavras-chave
cinema; fotografia; experiência
Referência para citação
RIBEIRO, Marcelo R. S. A imagem como experiência em Untitled Film Stills. Passagens, v. 8, n. 2, 22 dez. 2017, p. 27–50.