Publicado pela revista E-Compós em seu v. 24 (2021), este artigo retoma algumas reflexões anteriores sobre o catálogo Lumière.
Resumo
Considerando o catálogo Lumière como experiência inaugural do cinema mundial, este artigo propõe uma leitura anarquívica de algumas de suas imagens. Diferenciando a operação do cinematógrafo como dispositivo cosmotécnico de arquivamento do mundo e aparelho cosmopoético de invenção de mundos, exploro as formas de inscrição da diferença no arquivo Lumière, por meio de uma arqueologia do sensível. Confronto o cinema de atrações com um olhar contra-colonial, explicitando tanto o regime da extração que enquadra a diferença quanto as linhas de fuga em que emerge uma potência cosmopoética sobrevivente, nas e entre as imagens, por meio de gestos de desobediência informe.
Palavras-chave
Lumière, Cinema mundial, Arquivo, Violência colonial, Olhar contra-colonial
Referência para citação
RIBEIRO, Marcelo R. S. Cosmopoéticas da desobediência informe: leitura contra-colonial do regime da extração no catálogo Lumière. E-Compós, v. 24, 2021. DOI: 10.30962/ec.2230. Disponível em: https://www.e-compos.org.br/e-compos/article/view/2230.