Autor: Marcelo R. S. Ribeiro
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Fantasmagorias do fantástico e do cinema
Este texto foi publicado originalmente no catálogo da mostra Poéticas do Fantástico: o sobrenatural na história da ficção moderna, que ocorreu de 9 a 21 de outubro de 2018, na Caixa Cultural do Rio de Janeiro. Agradeço a Nuno Manna pelo convite para contribuir com o evento. # Todo filme abriga alguma relação com fantasmas1,…
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Rasurar o impossível
Minha formação musical e humana tem no Pink Floyd uma de suas pedras fundamentais. É um dos sons ao qual retorno quando desejo me encontrar, no meio de tudo, contra o que me afasta de mim mesmo. É uma das experiências que guardo e renovo, a cada vez, como um amuleto, ou a memória de…
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Cosmopolíticas e cosmopoéticas do contato
Publicado na edição 24 da revista DOC On-line, o ensaio bibliográfico “Cosmopolíticas e cosmopoéticas do contato” aborda o livro Da cena do contato ao inacabamento da história: Os últimos isolados (1967-1999), Corumbiara (1986-2009) e Os Arara (1980-), de Clarisse Alvarenga (2017). RIBEIRO, Marcelo R. S. Cosmopolíticas e cosmopoéticas do contato. DOC On-line, n. 24, p.…
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Auschwitz, memória, fantasma
Enquanto preparava a aula de hoje de Cinema e História, acabei fazendo uma visita virtual ao Museu de Auschwitz, por meio de recursos do Google. A certa altura, passei do registro externo da entrada do museu, capturado por uma das viaturas do Street View em junho de 2013, para uma fotografia em 360 graus, feita…
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Da crítica: a política dos corpos estranhos
No ano passado, em meio a uma das polêmicas críticas mais significativas dos últimos tempos, José Geraldo Couto iniciou assim um dos textos de sua cobertura de um dos festivais de cinema mais importantes do Brasil: Houve choro e ranger de dentes no 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, sobretudo nos debates dos filmes,…
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Bolaño, Bolaños: a confusão como procedimento
Alguém perguntou num grupo virtual de que participo: “Quais escritores contemporâneos são os favoritos de vocês?” Aí me lembrei de Roberto Bolaño, o escritor de 2666 e tanta coisa incrível, que achava magistral e até se arriscava a dançar Aserejé, uma música de grande sucesso popular, assim como Chaves, o programa de TV de Roberto…
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A tradução comentada como antropofagia
O denso texto de Achille Mbembe que foi recentemente publicado em livro pela n-1 edições, Necropolítica, constitui uma versão atualizada (e ligeiramente modificada) da tradução publicada na revista Arte & Ensaios (no link, você pode baixar e ler o texto em PDF). O texto original também está acessível no site da Public Culture, de forma…
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Ver junto
Foram publicados hoje, 16 de maio de 2018, os anais do I Colóquio de Fotografia da Bahia (página arquivada). A Escola de Belas Artes da UFBA deu a notícia (página arquivada), que já está circulando nas redes também. Entre os textos, está aquele em que se baseou minha participação no evento. Reproduzo o texto a seguir, preservando…
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A pesquisa como deriva
É difícil imaginar um projeto de pesquisa que não se altere no decorrer de seu desenvolvimento. No meu caso, também não é fácil imaginar um projeto que não se altere de modo significativo. Na minha trajetória, apenas no mestrado desenvolvi uma pesquisa que correspondia mais diretamente ao projeto proposto inicialmente. Ainda assim, não há dúvidas…
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Desterro, desejo, delírio
Este texto foi publicado originalmente no catálogo da mostra Grandes Clássicos do Cinema Africano, que ocorreu de 14 a 16 de novembro de 2017, na Caixa Cultural do Rio de Janeiro. Reivindicar o cinema talvez seja reivindicar, também, algum direito ao delírio. Na história dos cinemas africanos, reivindicar o cinema é reiterar o gesto fundamental…
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A imagem como experiência em Untitled Film Stills
Publicado em dossiê relativo às atividades mais recentes do Grupo de Trabalho Estudos de Cinema, Fotografia e Audiovisual da Compós, organizado por Angela Prysthon e Fernando Gonçalves, no volume 8, número 2 (dez. 2017), da revista Passagens, do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal da Ceará, este artigo retoma algumas reflexões anteriores sobre…
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A cronologia das independências políticas e os cinemas africanos
Preparando a aula de Cinema Internacional: Cinemas Africanos em que daremos início ao estudo dos cinemas africanos, depois de duas aulas introdutórias nas quais discutimos as heranças do eurocentrismo, do colonialismo e do racismo, decidi tentar criar um mapa com informações básicas sobre as independências políticas africanas. A emergência dos cinemas africanos está associada, de…
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Ver junto, 1: identidade, época, perspectiva
Dia 20/09, apresento parte da minha pesquisa sobre imagem e direitos humanos no Colóquio de Fotografia da Bahia (página arquivada). No painel 2, participo da promissora programação do evento com uma discussão sobre os modos de ver e de rever a fotografia em filmes recentes que abordam o genocídio indígena em andamento no Brasil. O título…
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Para um atlas de cosmopoéticas: literatura mundial, cinema mundial e o catálogo Lumière como atlas
Publicado nos Anais do XXVI Encontro Anual da Compós, realizado na Faculdade Cásper Líbero, em São Paulo, de 6 a 9 de junho 2017, este artigo (que decorre de minhas atividades de pós-doutoramento, no Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística da Universidade Federal de Goiás, e foi apresentado ao Grupo de Trabalho Estudos de cinema,…
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Cosmopoéticas da descolonização e do comum: inversão do olhar, retorno às origens e formas de relação com a terra nos cinemas africanos
Artigo publicado no dossiê Africanidades, organizado por Amaranta Cesar e Lúcia Ramos Monteiro, na Revista Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual, volume 5, número 2.