Autor: Marcelo R. S. Ribeiro
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Curta Mostra Goiás de 2016: problemas cinematográficos, problemas curatoriais
Comentários críticos sobre os curtas exibidos na Mostra Goiás da Goiânia Mostra Curtas, realizada de 4 a 9 de outubro de 2016, em Goiânia, assim como sobre a curadoria que os reuniu na programação do evento.
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Soleil Ô, ou: viagem ao coração das trevas
Uma breve crítica de Soleil Ô (1967), de Med Hondo, com base no reconhecimento do motivo temático da violência e da relação com Heart of Darkness (1902), de Joseph Conrad.
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Tango, ou: a máquina universal
Um breve comentário analítico, poético e filosófico sobre Tango (1980), um belo filme de animação polonês.
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Taego Ãwa: política da nomeação
Talvez uma série de problemas que são abordados pelo filme Taego Ãwa, de Henrique e Marcela Borela – e também é preciso dizer: que o afetam – resida na questão do nome próprio. Crítica publicada originalmente na revista Janela.
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A imagem dormente
Texto sobre o cinema de Joel Pizzini, escrito para o catálogo do II Pirenópolis Doc, que ocorreu entre 03 e 07 de agosto de 2016 e incluiu uma retrospectiva do diretor, com a exibição dos filmes Caramujo Flor (1988), Enigma de um Dia (1996), 500 Almas (2004), Dormente (2005), Helena Zero (2006), Mar de Fogo (2014), Último Trem (2014) e…
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A imaginação do estupro
Na defesa dos direitos humanos, a reivindicação da vida digna está frequentemente associada à recusa ativa e ao confrontamento de violações. Diante dos genocídios que entrecortam a história dos séculos, como a pulsação inimaginável que lhes dá seu sentido insuportável, diante dos estupros que se repetem, a cada vez inenarráveis e irrepresentáveis em sua pesada…
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Do inimaginável: uma apresentação
Uma apresentação do conteúdo da tese de doutorado Do inimaginável: cinema, direitos humanos, cosmopoéticas, que apresentei em 2016.
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O trailer como promessa: Cemitério do Esplendor
Toda vez que vejo o trailer de Cemitério do Esplendor (2015), o novo filme de Apichatpong Weerasethakul, lembro como o cinema pode ser uma forma de voltar pra casa. (Que título lindo, aliás.) * A relação com um filme que se estabelece no trailer é curiosa: já se instaura um trabalho de memória onde ainda…
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Sometimes in April: a inscrição sensível do genocídio como crime contra a humanidade
Publicado como um capítulo do livro Criminologia e cinema, organizado por Bruno Amaral Machado, Cristina Zackeski e Evandro Piza Duarte, este texto (que foi apresentado parcialmente no VIII Seminário Nacional de Pesquisa em Arte e Cultura Visual, na UFG) propõe uma análise do filme Sometimes in April (2005), de Raoul Peck, buscando interpretar o modo como sua narrativa ficcional…
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A música e a pele: Sigur Rós, Dauðalogn (Valtari; 2012)
Quando uma música é capaz de te erguer, de te fazer flutuar, de te fazer voar, como se fosse possível pertencer a ela, morar em suas paisagens, habitar cuidadosamente sua insistente textura de seda, embora aérea. Quando uma música consegue atravessar sua pele e viajar no vazio sem fundo que ela esconde, porque o mais…
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Cinemas africanos: cosmopoéticas da descolonização e do comum
Ensaio em torno de uma hipótese – a emergência histórica dos cinemas africanos e sua contemporaneidade são indissociáveis de uma reivindicação do direito de olhar, de narrar e de imaginar o mundo – e de alguns filmes: Afrique sur Seine, Soleil Ô, Touki Bouki, La vie sur terre, Terra sonâmbula e Pumzi.
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Comunicabilidade e conciliação: melodrama e denegação do dissenso
Por que Que horas ela volta? é mais um sintoma do que um diagnóstico? A resposta entrelaça alguns assuntos que talvez seja preciso conceituar: o imaginário conciliador, a linguagem cultural dos estereótipos, o estilo cinematográfico da obviedade.
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Amor, encenação, montagem: Godard sobre Sigur Rós
Se, como escreve Godard, a encenação é um olhar e a montagem é uma batida de coração, o que é o cinema senão uma das línguas do amor?
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O macaco com a câmera na mão
Assista aos imensos curtas de Leo Pyrata e leia o texto que escrevi sobre eles, publicado no catálogo da segunda edição do Fronteira e reproduzido aqui com a autorização do festival.
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II Fronteira, dia 10: Brouillard – Passage #14
Encerrando o diário do II Fronteira, comento uma pintura cinematográfica de Alexandre Larose e a arqueologia fantasmagórica dos tempos que seu trabalho exige de nossos olhos.