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Introdução à teoria do cinema: aula inicial

Neste primeiro semestre de 2022, como parte da carga horária de Teorias do Cinema, vou gravar algumas aulas sobre o livro Introdução à teoria do cinema (2003), de Robert Stam. O livro orienta a ementa atual da disciplina (que é quase uma reprodução de seu sumário) e, embora exista uma atualização curricular relacionada em andamento, a obra continua sendo uma referência incontornável, a meu ver, para um início de conversa sobre o tema. O “panorama histórico” que Stam propõe é bastante abrangente, ainda que permaneça parcial e incompleto como todo e qualquer panorama. Nas minhas aulas, quero complementar e suplementar o livro com o quadro sintético que venho construindo desde 2019. A incompletude persiste, mas assim os itinerários podem, talvez, se multiplicar.

A primeira aula, depois de uma breve introdução ao livro e ao quadro sintético, aborda a “Introdução” e os capítulos 1 a 4 do livro de Stam. Você pode assistir agora mesmo:

Se quiser acessar o material visual, está disponível no Miro para consulta. A aula também foi publicada em formato de áudio, no podcast (planejado em 2020, mas nunca iniciado) do Grupo Arqueologia do Sensível, chamado Frequências Anarqueológicas, que agora talvez inicie sua existência, ainda que de forma experimental, incipiente, tateante, relutante. Assim, também é possível navegar mais livremente pelo material visual usado na aula e ouvi-la ao mesmo tempo, diretamente no Anchor, assim como nas principais plataformas de podcast (Spotify; Apple; Pocket Casts) ou no Soundcloud.

São pouco mais de duas horas, mas é provavelmente viável usar a modalidade acelerada de reprodução dessas diferentes plataformas se você tiver pressa (a gente ainda precisa pensar mais atentamente sobre o hábito de aceleração com vídeos e áudios que tem se difundido atualmente, mas cada vez mais me parece crucial não negar nem denegar essa possibilidade; isso não a fará desaparecer – mas este é um assunto para outro momento). Em todo caso, espero que seja possível acompanhar o encadeamento expositivo que consegui elaborar – e caso alguém tenha comentários a fazer, eu adoraria ler ou ouvir (é possível comentar nas diferentes plataformas, mas se preferir pode também entrar em contato por aqui).

É muito estranho gravar aulas, ainda mais sem dispor da possibilidade de ir construindo mais livremente as associações entre temas, exemplos etc., como ocorre em dinâmicas ao vivo, sobretudo quando presenciais (e não por meio de videoconferência, uma vez que, neste último caso, não é tão simples assim saltar entre exemplos ou acolher o imprevisto no fluxo da aula – e eu adoro poder fazer isso, anotando no quadro e mostrando imagens de que nem sequer tinha me lembrado ao preparar a aula). Em todo caso, aqui, não há sequer a sincronicidade da sessão por vídeo ou da transmissão ao vivo, e isso requer planejamento, alguma linearidade e alguma rigidez – o que é frequentemente bastante complicado, se não problemático.

Seja como for, acho que esta primeira aula acabou ficando razoável e quero sustentar um princípio que é fundamental, para mim, desde o início da minha atuação profissional como professor: o princípio de abertura. Essa abertura inclui, entre seus procedimentos, o compartilhamento de material didático, como faço com o quadro sintético, mas pode corresponder também (com a possibilidade de gravação de aulas, por exemplo) a uma partilha mais ampla de processos e usos associados ao material didático compartilhado.