Categoria: Entre imagens
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A pesquisa como deriva
É difícil imaginar um projeto de pesquisa que não se altere no decorrer de seu desenvolvimento. No meu caso, também não é fácil imaginar um projeto que não se altere de modo significativo. Na minha trajetória, apenas no mestrado desenvolvi uma pesquisa que correspondia mais diretamente ao projeto proposto inicialmente. Ainda assim, não há dúvidas…
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Ver junto, 1: identidade, época, perspectiva
Dia 20/09, apresento parte da minha pesquisa sobre imagem e direitos humanos no Colóquio de Fotografia da Bahia (página arquivada). No painel 2, participo da promissora programação do evento com uma discussão sobre os modos de ver e de rever a fotografia em filmes recentes que abordam o genocídio indígena em andamento no Brasil. O título…
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Soleil Ô, ou: viagem ao coração das trevas
Uma breve crítica de Soleil Ô (1967), de Med Hondo, com base no reconhecimento do motivo temático da violência e da relação com Heart of Darkness (1902), de Joseph Conrad.
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Tango, ou: a máquina universal
Um breve comentário analítico, poético e filosófico sobre Tango (1980), um belo filme de animação polonês.
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A imaginação do estupro
Na defesa dos direitos humanos, a reivindicação da vida digna está frequentemente associada à recusa ativa e ao confrontamento de violações. Diante dos genocídios que entrecortam a história dos séculos, como a pulsação inimaginável que lhes dá seu sentido insuportável, diante dos estupros que se repetem, a cada vez inenarráveis e irrepresentáveis em sua pesada…
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Do inimaginável: uma apresentação
Uma apresentação do conteúdo da tese de doutorado Do inimaginável: cinema, direitos humanos, cosmopoéticas, que apresentei em 2016.
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O trailer como promessa: Cemitério do Esplendor
Toda vez que vejo o trailer de Cemitério do Esplendor (2015), o novo filme de Apichatpong Weerasethakul, lembro como o cinema pode ser uma forma de voltar pra casa. (Que título lindo, aliás.) * A relação com um filme que se estabelece no trailer é curiosa: já se instaura um trabalho de memória onde ainda…
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A música e a pele: Sigur Rós, Dauðalogn (Valtari; 2012)
Quando uma música é capaz de te erguer, de te fazer flutuar, de te fazer voar, como se fosse possível pertencer a ela, morar em suas paisagens, habitar cuidadosamente sua insistente textura de seda, embora aérea. Quando uma música consegue atravessar sua pele e viajar no vazio sem fundo que ela esconde, porque o mais…
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Amor, encenação, montagem: Godard sobre Sigur Rós
Se, como escreve Godard, a encenação é um olhar e a montagem é uma batida de coração, o que é o cinema senão uma das línguas do amor?
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Jacques Derrida e os fantasmas do cinema
Uma tradução comentada da entrevista que Jacques Derrida concedeu à conhecida revista Cahiers du Cinéma, publicada em 2001.
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Anotações: Broken Tongue, de Mónica Savirón (2013)
Sobre Broken Tongue e o poema conceitual “Afrika”, de Tracie Morris, em que o filme de Mónica Savirón encontra seu impulso.
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Montagem caleidoscópica: Glauber Rocha sobre Manhã cinzenta
Para Glauber Rocha, Manhã cinzenta (1969), de Olney São Paulo, é um filme de resistência e de crítica, caracterizado por uma “montagem caleidoscópica”.
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O Cinema do Fim do Mundo no Egito
Um cinema abandonado no meio do deserto do Sinai. Uma história misteriosa que se revela, parcialmente, por meio de fotografias. Um enigma que persiste como um sonho estranho.
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Da (in)visibilidade do nascer do sol na China
No espaço ficcional de algumas imagens da China contemporânea, nas quais o céu de Pequim está recoberto por poluição e uma tela dá a ver imagens do céu, entrevê-se o arpocalipse.