Eis a impossibilidade: estaríamos diante do autorretrato de um morto, isto é, do retrato que um morto fez de si.
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O daguerreótipode 1837 em que Daguerre registrou um canto de seu ateliê é uma imagem inaugural, à sua maneira, e dá a ver muito pouco, quase nada, embora o que resguarda não caiba em nossos olhos.
Eis por que a fotografia nasce como imagem em movimento: “heliografia”, escrita do sol.
Se a escrita da luz e da sombra constitui uma das formas do duplo, o gato de Brassaï multiplica os movimentos de duplicação no dispositivo labiríntico de sua mise-en-scène.
As imagens que Gustave Le Gray realiza em Sète, na década de 1850, revelam uma disjunção no cerne do instantâneo fotográfico, que nasce como montagem.