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Autorretrato afogado (1840), de Hippolyte Bayard

Eis a impossibilidade: estaríamos diante do autorretrato de um morto, isto é, do retrato que um morto fez de si.

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Natureza morta com baixo relevo a partir de Jean Goujon (1837), de Louis Jacques Mandé Daguerre

O daguerreótipode 1837 em que Daguerre registrou um canto de seu ateliê é uma imagem inaugural, à sua maneira, e dá a ver muito pouco, quase nada, embora o que resguarda não caiba em nossos olhos.

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Vista da janela em Le Gras (1826-7), de Joseph Nicéphore Niépce

Eis por que a fotografia nasce como imagem em movimento: “heliografia”, escrita do sol.

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Gato se olhando no espelho (1946), de Brassaï

Se a escrita da luz e da sombra constitui uma das formas do duplo, o gato de Brassaï multiplica os movimentos de duplicação no dispositivo labiríntico de sua mise-en-scène.

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A grande onda (1857), de Gustave Le Gray

As imagens que Gustave Le Gray realiza em Sète, na década de 1850, revelam uma disjunção no cerne do instantâneo fotográfico, que nasce como montagem.