Fala-se muito em dar voz ao outro, sem que se interrogue os sentidos desse gesto e da relação que ele constitui. A literatura antropológica registra amplamente a ligação entre dádiva e obrigação, entre dar presentes e obter reconhecimento e prestígio social, entre receber presentes e submeter-se à autoridade de quem os ofereceu (a ponto de […]
Categoria: Críticas
Jogos de espelhos e de ecos
Este texto foi publicado originalmente no catálogo da quarta edição da Mostra de Cinemas Africanos, que ocorreu de 10 a 17/07/2019, no CineSesc São Paulo. A imagem destacada acima é do filme Nora (2008), de Alla Kovgan e David Hinton. A força formativa e transformativa do documentário diante do mundo histórico que compartilhamos define um […]
Este texto foi publicado originalmente no catálogo da mostra Poéticas do Fantástico: o sobrenatural na história da ficção moderna, que ocorreu de 9 a 21 de outubro de 2018, na Caixa Cultural do Rio de Janeiro. Agradeço a Nuno Manna pelo convite para contribuir com o evento. # Todo filme abriga alguma relação com fantasmas1, […]
Comentários críticos sobre os curtas exibidos na Mostra Goiás da Goiânia Mostra Curtas, realizada de 4 a 9 de outubro de 2016, em Goiânia, assim como sobre a curadoria que os reuniu na programação do evento.
Uma breve crítica de Soleil Ô (1967), de Med Hondo, com base no reconhecimento do motivo temático da violência e da relação com Heart of Darkness (1902), de Joseph Conrad.
Tango, ou: a máquina universal
Um breve comentário analítico, poético e filosófico sobre Tango (1980), um belo filme de animação polonês.
Taego Ãwa: política da nomeação
Talvez uma série de problemas que são abordados pelo filme Taego Ãwa, de Henrique e Marcela Borela – e também é preciso dizer: que o afetam – resida na questão do nome próprio. Crítica publicada originalmente na revista Janela.
A imagem dormente
Texto sobre o cinema de Joel Pizzini, escrito para o catálogo do II Pirenópolis Doc, que ocorreu entre 03 e 07 de agosto de 2016 e incluiu uma retrospectiva do diretor, com a exibição dos filmes Caramujo Flor (1988), Enigma de um Dia (1996), 500 Almas (2004), Dormente (2005), Helena Zero (2006), Mar de Fogo (2014), Último Trem (2014) e Olho Nu (2014).
Toda vez que vejo o trailer de Cemitério do Esplendor (2015), o novo filme de Apichatpong Weerasethakul, lembro como o cinema pode ser uma forma de voltar pra casa. (Que título lindo, aliás.) * A relação com um filme que se estabelece no trailer é curiosa: já se instaura um trabalho de memória onde ainda […]
Por que Que horas ela volta? é mais um sintoma do que um diagnóstico? A resposta entrelaça alguns assuntos que talvez seja preciso conceituar: o imaginário conciliador, a linguagem cultural dos estereótipos, o estilo cinematográfico da obviedade.
Encerrando o diário do II Fronteira, comento uma pintura cinematográfica de Alexandre Larose e a arqueologia fantasmagórica dos tempos que seu trabalho exige de nossos olhos.
O nono dia do II Fronteira incluiu um dos melhores filmes de Bruce Baillie e uma incrível projeção ao ar livre de filmes da Canyon Cinema, entre tantas coisas que deixo pra depois.
Brevíssimas anotações sobre três desafios enigmáticos: Night Watch, Ruined Heart e Quick Billy.
Algumas anotações provisórias sobre os filmes que mais me chamaram atenção no sétimo dia do II Fronteira, num itinerário em torno do problema da visibilidade: Toré, Devil’s Rope e Videofilía.
Alguns comentários breves (ou nem tanto) sobre três filmes muito diversos do sexto dia do II Fronteira: The Old Jewish Cemetery, A festa e os cães e Machine Gun or Typewriter.