Na defesa dos direitos humanos, a reivindicação da vida digna está frequentemente associada à recusa ativa e ao confrontamento de violações. Diante dos genocídios que entrecortam a história dos séculos, como a pulsação inimaginável que lhes dá seu sentido insuportável, diante dos estupros que se repetem, a cada vez inenarráveis e irrepresentáveis em sua pesada […]
Do inimaginável: uma apresentação
Uma apresentação do conteúdo da tese de doutorado Do inimaginável: cinema, direitos humanos, cosmopoéticas, que apresentei em 2016.
Toda vez que vejo o trailer de Cemitério do Esplendor (2015), o novo filme de Apichatpong Weerasethakul, lembro como o cinema pode ser uma forma de voltar pra casa. (Que título lindo, aliás.) * A relação com um filme que se estabelece no trailer é curiosa: já se instaura um trabalho de memória onde ainda […]
Publicado como um capítulo do livro Criminologia e cinema, organizado por Bruno Amaral Machado, Cristina Zackeski e Evandro Piza Duarte, este texto (que foi apresentado parcialmente no VIII Seminário Nacional de Pesquisa em Arte e Cultura Visual, na UFG) propõe uma análise do filme Sometimes in April (2005), de Raoul Peck, buscando interpretar o modo como sua narrativa ficcional […]
Encontrei hoje uma charge de Wiley Miller, “Answers” (“Respostas”). O desenho mostra uma fila enorme de pessoas que se dirige inteiramente para um dos caminhos em uma bifurcação, enquanto o outro caminho está deserto. A bifurcação começa sob uma placa que a identifica com a palavra “Answers”. Ao caminho deserto corresponde uma designação, inscrita numa […]
Quando uma música é capaz de te erguer, de te fazer flutuar, de te fazer voar, como se fosse possível pertencer a ela, morar em suas paisagens, habitar cuidadosamente sua insistente textura de seda, embora aérea. Quando uma música consegue atravessar sua pele e viajar no vazio sem fundo que ela esconde, porque o mais […]
Ensaio em torno de uma hipótese – a emergência histórica dos cinemas africanos e sua contemporaneidade são indissociáveis de uma reivindicação do direito de olhar, de narrar e de imaginar o mundo – e de alguns filmes: Afrique sur Seine, Soleil Ô, Touki Bouki, La vie sur terre, Terra sonâmbula e Pumzi.
Por que Que horas ela volta? é mais um sintoma do que um diagnóstico? A resposta entrelaça alguns assuntos que talvez seja preciso conceituar: o imaginário conciliador, a linguagem cultural dos estereótipos, o estilo cinematográfico da obviedade.
Se, como escreve Godard, a encenação é um olhar e a montagem é uma batida de coração, o que é o cinema senão uma das línguas do amor?
O macaco com a câmera na mão
Assista aos imensos curtas de Leo Pyrata e leia o texto que escrevi sobre eles, publicado no catálogo da segunda edição do Fronteira e reproduzido aqui com a autorização do festival.
Encerrando o diário do II Fronteira, comento uma pintura cinematográfica de Alexandre Larose e a arqueologia fantasmagórica dos tempos que seu trabalho exige de nossos olhos.
O nono dia do II Fronteira incluiu um dos melhores filmes de Bruce Baillie e uma incrível projeção ao ar livre de filmes da Canyon Cinema, entre tantas coisas que deixo pra depois.
Brevíssimas anotações sobre três desafios enigmáticos: Night Watch, Ruined Heart e Quick Billy.
Algumas anotações provisórias sobre os filmes que mais me chamaram atenção no sétimo dia do II Fronteira, num itinerário em torno do problema da visibilidade: Toré, Devil’s Rope e Videofilía.
Alguns comentários breves (ou nem tanto) sobre três filmes muito diversos do sexto dia do II Fronteira: The Old Jewish Cemetery, A festa e os cães e Machine Gun or Typewriter.