O que Ngũgĩ wa Thiong’o chama “descolonização da mente” permanece ainda por fazer e constitui uma tarefa política – e poética – crucial de nossos tempos.
Autor: Marcelo Ribeiro
Algumas das transformações mais ambivalentes que as formas de reprodução técnica imprimem na experiência humana estão relacionadas aos fantasmas que nos assombram sob o signo do sagrado.
Film Socialisme: imagina o silêncio
Em Film Socialisme, o dinheiro e o signo, o valor e a significação, funcionam como metáforas que se iluminam (e se obscurecem) reciprocamente.
As sombras são
A fotografia – que se diz “escrita da luz” num conhecido jogo etimológico – aparece sempre como uma das formas da sombra.
Tradução comentada do texto de Arthur Mas e Martial Pisani sobre Film Socialisme (2010), de Jean-Luc Godard, publicado na Independencia.
Mãos
Um comentário de Agnès Varda sobre uma fotografia de André Martin de 1968, transmitido na televisão no contexto da série “Um minuto para uma imagem”, de 1983.
Se há alegoria em Film Socialisme, é uma alegoria espectral, como um resto ou um vestígio incorpóreo.
Film Socialisme: Babel
Film Socialisme propõe uma experiência babélica que abre – entre as línguas, entre as palavras e entre as imagens – um espaço de legibilidade para o mundo.
Logorama III: sonhos
Logorama converte o imaginário do capital, isto é, as logomarcas e os personagens a elas relacionados, em peças de um jogo de citações.
Logorama II: marcas
A produção francesa que ganhou o Oscar de 2010 na categoria de curta-metragem de animação lembra que as paisagens urbanas atuais estão cada vez mais tomadas por logomarcas.
Logorama I: paisagens
Talvez nas paisagens se tornem legíveis os sinais dos tempos: os caminhos que aram a terra são como as rugas no rosto do mundo.
A iconoclastia é uma sensibilidade diante do mundo: o ato de rasgar deve ser considerado um lance entre outros dentro de um jogo.
O museu imaginário
A poética do labirinto como cartografia do imaginário – não o arquivo, o anarquivo.
O potencial e a limitação de Um olhar do paraíso (2009), de Peter Jackson, residem na articulação entre melodrama e imaginação surrealista que o atravessa.
“Dê-nos um dia e lhe mostraremos o mundo” é a promessa do World Park de Pequim, cujo espaço se converte, no filme O Mundo, em alegoria da globalização.