Sobre Broken Tongue e o poema conceitual “Afrika”, de Tracie Morris, em que o filme de Mónica Savirón encontra seu impulso.
Autor: Marcelo Ribeiro
Algumas anotações, escritas principalmente para quem não viu o filme, sobre o documentário de Travis Wilkerson em torno da repressão policial ao dissenso político nos Estados Unidos.
Alegoria, metáfora, política e estética em Cortinas fechadas (2013), de Jafar Panahi e Kambuzia Partovi.
Como uma afirmação política que não depende da representação direta e explícita de todos os seus sentidos, Isto não é um filme impõe um dever de imaginação ao espectador.
O curta e o longa que Daniel Ribeiro dedicou às mesmas personagens propõem a exploração dramática do afeto e a exploração afetiva de um melodrama de formação, por meio de uma poética da delicadeza.
Ilusionismo e excesso em O Hobbit
Em O Hobbit, o cinema reitera sua potência ilusionista, que se realiza sob o modo do excesso, na produção de uma geografia sintética e na prática da encenação cinematográfica como simulação.
O cinema, o deserto e o sonho
No deserto, o cinema erra na fronteira: o erro e a errância.
A potência crítica decorrente das figuras do excesso é o que confere a O Lobo de Wall Street (2013) sua contundência política.
Para Glauber Rocha, Manhã cinzenta (1969), de Olney São Paulo, é um filme de resistência e de crítica, caracterizado por uma “montagem caleidoscópica”.
Pozitia Copilului, traduzido como Instinto Materno no Brasil, é um filme de Călin Peter Netzer que aborda a Romênia contemporânea e o problema da desigualdade social a partir de um drama familiar.
O Cinema do Fim do Mundo no Egito
Um cinema abandonado no meio do deserto do Sinai. Uma história misteriosa que se revela, parcialmente, por meio de fotografias. Um enigma que persiste como um sonho estranho.
A prática do cinema do excesso, a que Martin Scorsese se dedica em O Lobo de Wall Street, confere ao filme riqueza estética e complexidade ética singulares, que comentam a tragédia sem fim em que nos encontramos.
A memória visível do tempo
Uma crítica de Cidade invisível (2013), de Lisa França, um documentário sobre a cidade de Goiânia e as transformações que atravessam suas paisagens.
No espaço ficcional de algumas imagens da China contemporânea, nas quais o céu de Pequim está recoberto por poluição e uma tela dá a ver imagens do céu, entrevê-se o arpocalipse.
Numa das sequências mais densas de Azul é a cor mais quente, a imagem da água se converte em uma metáfora das poéticas da existência.